O homem renasceu na caverna.

Na gruta uma nova perspectiva surge para humanidade. Uma luz que de início brilha de dentro pra fora, capaz de iluminar toda terra nos lugares mais obscuros e sombrios.

Wiliam Mendes

12/25/20242 min read

O homem renasceu na caverna.

Percebemos com os primórdios, que a caverna foi abrigo e morada para nossos ancestrais. Muito disto nos é comprovado através das pinturas rupestres encontradas com os costumes e cotidianos expressos nas paredes, algumas, contando com recursos da época, obras primas que não se comparam a muitas das obras modernistas.

Assim conhecemos um pouco como viviam, pensavam, agiam estes nossos primórdios. Entretanto um outro fato revolucionou toda a humanidade, surgindo também em uma caverna, melhor, em uma gruta, onde não se tem inscrições nas paredes como vestígios, mas gravadas nos corações daqueles que presenciaram tamanho fato, que depois foi transcrito no livro sagrado para chegar a todos os homens de boa vontade.

Aproveitando de uma visão chestertoniana, reflito nesta linha sobre o Natal. Se observarmos a história científica que se baseia no surgimento do homem social diante da sua constituição de agrupamentos ou famílias na idade pré-literária, temos uma breve definição na pesquisa do Google dizendo:

“A família surgiu como uma instituição social natural, a partir da necessidade de estabelecer relações afetivas de forma estável. A família é considerada a mais antiga instituição social, pois está presente em todas as sociedades, embora as formas de vida familiar variem.”

Poderia eu, ter utilizado o verbo nascer se quisesse expressar o homem perfeito que na primeira criação Deus almejou -“É osso dos meus ossos e carne da minha carne” Gênesis 2:23 - descrevo melhor, é espírito do meu espírito, alma de minha alma. Utilizei o verbo renascer pois o homem criado e não gerado, tem a possibilidade de renascer no gerado e não criado com substancial ao Pai. Ele surge de uma instituição natural de modo sobrenatural. Em Maria o natural e o sobrenatural se unem.

Se a família surge de uma necessidade de estabelecer relações afetivas de forma estável, o nascimento de Jesus se dá para além desta, para se estabelecer a harmonia do homem com o céu e a terra. É evidente que nesta reflexão poderia me estender mais, mas na esperança de atingir um maior número de pessoas, vou-me abrandar em poucas linhas.

Numa noite fria, numa gruta novamente, surge a família querida por Deus à toda humanidade. Desta vez não há inscrições nas paredes, mas há na história da humanidade, em que o tempo não é capaz de apagar, mas só os simples e humildes de coração são capazes de desvendar.

Com Ele descobrimos que há uma caverna em nós, e que se não encontrarmos com Ele a caverna se retém apenas em sombra e escuridão. Mas se o procuramos, a sua luz nos iluminará - O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz”. Mateus 4:16.

Da gruta nasce a vida natural, para que depois, novamente de uma gruta, uma pedra possa ser deslocada, para que enxerguemos no sinal do vazio, que aquele vazio sobrenatural, traz o sentido total da plenitude. Graças ao Homem e Deus, que não se limita mais as paredes de uma caverna, que nos direciona e abriu o caminho para nossa mais valiosa morada, a morada do Céu.

Um Feliz e Santo Natal e um Próspero Ano Novo!